Irei por meu caminho sem sentir minhas dores,
sem sentir minhas dores que ficarão atrás.
Irei pelas beiradas recolhendo as flores,
deste longo caminho que já não verei mais.
As sarças do caminho cavarão seus espinhos,
farão verter o sangue do meu corpo cansado.
E enquanto velozmente passem as andorinhas
verão meus membros rotos e meu corpo curvado.
E na imensa jornada desta longa vereda
o espírito apagado se tomará de brios.
As sarças me perfuram e por isso as venero
como venero as flores sob o sol do estio.
Contudo, as aridezes deste longo caminho
farão cicatrizar minhas feridas abertas:
minh'alma afundará num suave letargo
e o olvido passará sobre as paixões extintas...
(Pablo Neruda)
sem sentir minhas dores que ficarão atrás.
Irei pelas beiradas recolhendo as flores,
deste longo caminho que já não verei mais.
As sarças do caminho cavarão seus espinhos,
farão verter o sangue do meu corpo cansado.
E enquanto velozmente passem as andorinhas
verão meus membros rotos e meu corpo curvado.
E na imensa jornada desta longa vereda
o espírito apagado se tomará de brios.
As sarças me perfuram e por isso as venero
como venero as flores sob o sol do estio.
Contudo, as aridezes deste longo caminho
farão cicatrizar minhas feridas abertas:
minh'alma afundará num suave letargo
e o olvido passará sobre as paixões extintas...
(Pablo Neruda)
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