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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Melancolia

À volta todas as rosas eram vermelhas
A hera era preta.

Querida, assim com um só mover de cabeça teu,
Todos os meus velhos desesperos despertarão!

Demasiado azul, demasiado terno era o céu,
O ar demasiado suave, demasiado verde o mar.

Eu receio sempre, e eu não sei porquê,
Um lamentável afastamento de ti.
Eu estou cansado dos ramos de azevinho
E enfadado do alegre espinheiro

De todos os infindáveis caminhos do país;
De tudo, meu Deus! exceto de ti.


Ernest Dowson

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

DAS TARDES, SETEMBRO RENASCE

Trazidas das tardes, setembro renasce,
da fala da moça à janela sombria,
da torre tão pútrida voz da abiose ,
das águas do rio deste brilho do dia.

Eira sem beira das frontes das casas,
estio que tangido da terra postada,
dos cães deste abril sós urrando do prado,
dos ossos sem fôlego quase das asas.

Da moça franzina cá parva de olhar,
das aves sem branco do céu destas nuvens,
dos tons azuis mortos das frontes das pontes.

Passagem dos rios desta pedra do mito,
tinir quase breve das folhas das margens,
passadas dos passos dos mortos do séquito.

Eric Ponty